Filed under: Delírios, Diário, Reflexões | Tags: amor, dor, eterno, separação, tristeza
Pergunto-me se me amarás eternamente.
Quando entre neste carro e pisei no acelerador, demorei demais a notar quão rápido estava e quantos haviam ficado para trás. Talvez esse seja o fardo que eu esteja condenada a carregar. Talvez essa história de karma tenha algum sentido.
Love them and leave them. É a verdade da qual não posso escapar. Estou destinada a isso. Olho para o horizonte à minha frente e sinto-me só. Não sei mais desacelerar, impedir o que comecei, voltar atrás. O que está feito está feito.
Escolhi essa vida, e arcarei com as consequências o mais graciosamente que puder. Estarei sempre dividida, sempre com saudades, sempre com lembranças. Sempre estrangeira. Não tenho tempo de colher o que plantei; a grama ali adiante sempre parece mais verde.
Uma vida buscando algo que não sei bem o que é. Talvez nunca chegue a saber. Não me amarás eternamente: esquecerá-te de mim, eu bem sei. A mim só me restará a estrada. A expectativa pela próxima parada também fanecerá.
Maíra Carvalho