Filed under: Delírios, Reflexões | Tags: confissão, mudança, sinceridade
Eu não sei o que dizer da minha falta de sinceridade, eu realmente não sei. Minto compulsivamente para mim mesma sobre quem sou, onde estou e para onde irei. Oscilo entre o pessimismo e o negativismo, e nunca sei quando cheguei ao realismo. Desdobro-me em mil direções tentando entender e tentando abarcar algo que não sei bem o que é, para ser sincera. Olho para os lados, compro livros em excesso, vejo filmes inadequados, tomo decisões impulsivas e nada dá muito certo e nada exatamente se encaixa.
Eu vivo uma vida de pobre, e mudo de idéia para classe média, e salto para classe média alta gastando dinheiro em jantares e qualquer produto cultural eu consiga colocar minhas mãos em. Meu consumismo é vão, porque comprar livro não traz cultura, por mais boas intenções que se tenha. Eu vivo uma vida mainstream e depois decido ser alternativa, para então decidir ser ermitã. Não sou consistente, admito. Vou e volto, inconstante.
Uma reta é o caminho mais curto e mais desinteressante entre dois pontos, então a ignoro. Mudo de interesses acadêmicos, tento abranger o mundo em algumas linhas e inevitavelmente falho. Tento ser a melhor amiga possível, mas sempre desaponto. Desenho mundos e desmundos e arquivo tudo isso sobre a mais pesada camada de esquecimento que consigo criar. Não sou muito amante de expectativas, e ainda assim me construo em cima delas.
Faço textos como esse, delirantes, desinteressantes que falam demais e de menos sobre mim. Escrevo de maneira crua e disfarçada, sem conseguir parar de me autoanalisar, como um psicólogo obcecado por seus próprios traumas. Sempre acabo voltando à meta-teoria, porque fiz de mim o que não podia e o dominó que vesti era errado (como diria o poeta).
Filed under: Delírios, Trechos, Uncategorized | Tags: afastar, amigo, amizade, amor, confissão, distanciar, dor, melancolia, tristeza
Distancio-me de ti e nem percebes, imerso que estás em teus próprios problemas e tua própria dor. Distancio-me de ti cada vez mais, porque não tenho mais condições de lidar com os teus problemas. Peço desculpas, mas eu estou à toda velocidade e não posso parar. Tenho minhas próprias confusões a resolver. Distancio-me de ti e nem percebes, imerso que estás em teus próprios problemas e tua própria dor.